Hospital SOBRAPAR vence Prêmio Ivo Pitanguy com cirurgia inédita

Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram
Share on whatsapp

Uma técnica cirúrgica inédita utilizada pelo cirurgião plástico Cesar Augusto Raposo do Amaral, do Hospital Sobrapar Crânio e Face, de Campinas (SP), pretende revolucionar o tratamento de pacientes com fissuras lábio palatinas. A técnica, apresentada por Rafael Denadai, médico residente do Hospital SOBRAPAR, venceu o prêmio Ivo Pitanguy concedido durante o 53º Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica, realizado este mês, em Fortaleza (CE), ao concorrer com mais de 500 trabalhos científicos.

“Este prêmio traz para toda a equipe do Hospital SOBRAPAR um grande reconhecimento de todo o esforço na busca do melhor atendimento dos pacientes com fissura lábio palatina e é uma honraria enorme por ser o primeiro prêmio póstumo do Professor Ivo Pitanguy, que foi a base da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica por muitos anos”, diz Cesar Augusto Raposo do Amaral.

Alguns pacientes portadores de fissura lábio palatina podem apresentar insuficiência velofaríngea, que ocorre devido a um problema anatômico – a falta de tecido no palato posterior (céu da boca) – impedindo o fechamento completo da porção posterior da faringe durante a fala. “Essa insuficiência aparecerá por meio de uma grave alteração no som da fala dessas pessoas, conhecida como voz fanha ou anasalada.”

No passado, lembra o cirurgião plástico, o tratamento era realizado de diferentes maneiras, com o aumento posterior da faringe ou o retalho faríngeo, porém, neste último, algumas complicações, como ronco e apnéia, podem ocorrer. “Nossa nova técnica utiliza o retalho mio-mucoso de músculo facial chamado bucinador que devolve uma melhor anatomia aos pacientes e evita complicações. Nessa cirurgia, dois retalhos de músculo e mucosa das bochechas são levados ao céu da boca, alongando a porção mole do palato.”
Mesmo com a melhora da parte anatômica após a cirurgia, um tratamento extensivo com a equipe multidisciplinar é necessário, especialmente com a fonoaudiologia. “Mesmo após o sucesso cirúrgico, é muito frequente que os pacientes mantenham o mesmo padrão compensatório de fala, falando como se ainda não tivesse sido feita a cirurgia reconstrutora do céu da boca. Nessa situação, a fonoterapia é essencial para reabilitar a fala. Por meio de treinamentos específicos, orientações aos responsáveis e muitas vezes à escola, a equipe de fonoaudiologia faz com que o paciente comece a articular corretamente, reaprendendo a falar de forma compreensível e dentro dos padrões convencionais, sendo compreendido por todos”, explica a fonoaudióloga do Hospital SOBRAPAR, Anelise Sabbag.
Sobre o Hospital Sobrapar
Ao longo de 37 anos de existência, mais de 300 mil atendimentos e 18 mil cirurgias foram realizados no Hospital SOBRAPAR Crânio e Face, instituição privada, filantrópica, referência no país no tratamento de pacientes com deformidades craniofaciais congênitas ou adquiridas, como sequelas de traumas, tumores ou queimaduras. Os pacientes são principalmente em crianças e adolescentes, vindos de todo o país. O Hospital conta com equipe multidisciplinar que visa à reabilitação global do paciente e sua reintegração à sociedade como um cidadão ativo e participativo.
Fonte: Ana Carolina Silveira – carol@carolsilveira.com.br

Veja também

Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *